
Em uma entrevista recente, Ben Affleck admitiu que sua própria “homofobia internalizada” o deixou constrangido durante as gravações do beijo gay no filme Procura-Se Amy (1997). O ator, que interpretou Holden ao lado de Jason Lee no longa dirigido por Kevin Smith, refletiu sobre como o desconforto na época afetou sua performance. Affleck afirmou que, se o projeto fosse feito hoje, seu trabalho seria mais convincente, reconhecendo a evolução de sua perspectiva ao longo dos anos.
O filme, que explora temas como amizade, ciúme e sexualidade, mostra Holden se apaixonando por Alyssa (Joey Lauren Adams), enquanto seu melhor amigo, Banky (Jason Lee), demonstra ciúmes da relação. Affleck destacou que a premissa do longa era “honesta” por abordar o espectro da orientação sexual e as nuances entre amizade e romance. “Para mim, a homossexualidade entre os dois amigos era muito sugestiva. Como é um relacionamento amoroso entre dois homens? Temos amizades com homens que amamos muito”, questionou o astro, em entrevista à Us Weekly.
Sobre a cena do beijo, Affleck foi sincero: “Acabei tendo que confrontar minha própria homofobia internalizada, porque foi muito difícil beijar Jason. Eu pensei: ‘Isso é muito constrangedor. Tipo, claramente é algo internalizado, por que mais isso seria algo difícil de fazer?’”. O ator reconheceu que, na época, não conseguiu entregar uma performance convincente, mas valorizou o filme por ajudar a “expandir os limites” durante um período de mudanças sociais.
Apesar do orgulho em relação ao projeto, Affleck criticou sua própria atuação, classificando-a como “m**** e nada convincente”. Ele também comentou sobre a discussão atual em torno de atores heterossexuais interpretando personagens LGBTQIAPN+: “Acho que agora a ideia de interpretar um personagem gay não seria aceita”.
Via Pheeno