Madri terá o primeiro abrigo para idosxs LGBT+ do mundo

A cidade de Madri, na Espanha, terá o primeiro abrigo do mundo voltado para a população LGBT+ idosa. Com o lema “Um teto sem armários”, idosxs LGBT+ poderão se sentir mais confortáveis e acolhidos em relação aos abrigos tradicionais.

A instituição sentiu-se motivada a avançar com o projeto inovador depois de ser cada vez maior a rejeição de idosos homossexuais nos tradicionais lares espanhóis, uma vez que as convencionais instituições não estão preparadas para lidar com esta diversidade.

A “Fundación 26 de Diciembre: Mayores LGTB” espera abrigar pelo menos 66 moradores e contará com um centro de atividades diárias. Atualmente, a fundação já atende idosos gays, lésbicas, bissexuais e transgênero com serviços de saúde, alimentação e atividades sociais. O abrigo será o próximo passo no acolhimento e proteção dxs idosxs LGBT+.

Apesar de não rejeitarem qualquer tipo de orientação sexual, os idosos gays acabam por se sentir desconfortáveis, incomodados e constrangidos nos asilos que frequentam. Com um investimento de cerca de 2 milhões de euros, as obras começaram em agosto deste ano, no bairro de Villaverde, sul da cidade de Madri e devem terminar no próximo ano.

Além das vagas gerais, serão oferecidas também doze vagas para idosxs em tratamento paliativo, ou seja, aqueles que estão mais próximos da morte. Apesar de ser um abrigo público, também serão reservadas cinco vagas privadas, para quem puder pagá-las.

A construção de um abrigo específico para idosxs LGBT+ é necessária pela alta vulnerabilidade da população nessa faixa etária. Muitas vezes, pessoas LGBT+ precisam esconder sua orientação sexual ou identidade de gênero para serem cuidadas pelas suas famílias ou, até mesmo, foram abandonadas por elas ao se assumirem.

Segundo dados citados pela imprensa espanhola, 160 mil idosos homossexuais, em Espanha, acabam por precisar de um lar com o avançar da idade. Muitos seniores gays revelam graves problemas psicológicos dado que “nunca foram compreendidos e são considerados doentes”.

Via Pheeno

Author: Alan Oliveira

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